O corpo sempre foi visto como algo fascinante e ao mesmo tempo como um tabu. Isso fica mais evidente no corpo feminino, no qual muitas mulheres não se conhecem por questões culturais e sociais. O movimento do Outubro Rosa, nasceu em 1990 com o objetivo de disseminar informações e conscientização para que houvesse um diagnóstico precoce e assim salvar dezenas de vidas.
Recentemente, acabei conhecendo pelo instagram a história de vida de Ana Carolina, de 32 anos, que em outubro de 2016 acabou sendo diagnosticada com câncer de mama. Em dezembro do mesmo ano, passou por uma cirurgia, fez uma mastectomia radical e retirou uma glândula da axila. Foram 4 sessões de quimioterapia e atualmente faz fisioterapia devido a uma sequela no braço, por conta da glândula retirada.
Ao ver seu mundo virado de cabeça para baixo, encontrou força não só em sua família, amigos e Deus, como também no karatê, o qual pratica por 20 anos o estilo Shotokan e é sensei há 11 anos. “Tive muita força dos meus amigos do karatê, além de ajuda financeira para consultas e exames. Continuo ministrando minhas aulas e penso, o que seria de mim se não estivesse envolvida com essa arte marcial?”, diz Ana. Foi necessário parar por um tempo os treinos para se dedicar a sua saúde e ao tratamento.
Mostrando um verdadeiro espírito de unidade e união, o sensei de Ana, seus alunos e amigos fizeram uma rifa que ajudaram a pagar o exame de biópsia. Essa e outras ajudas foram essências para que Ana conseguisse pagar exames, viagens, consultas, a cirurgia, produtos de higiene e a mudança em sua alimentação. Outra ajuda muito importante foi do SOMAR – Núcleo de Apoio e Assistência ao Portador de Câncer de Goiás, uma instituição sem fins lucrativos que ajuda com custeios de exames, consultas, medicamentos, transporte e cesta básica a famílias e pessoas diagnosticada com câncer.
Como ela ainda precisa tomar um remédio durante 5 anos para bloquear as ações do estrogênio, o hormônio feminino, e sente vários efeitos colaterais, a atividade física é essencial.
A história Ana Carolina e sua luta é referência não só para pessoas diagnosticadas com câncer como também para karatekas independente do sexo e estilo. A luta não fica só dentro do dojo e sim nas ruas, esquinas, em nossa casa e até dentro de nós. Com união, amizade, força e amor todos nós podemos vencer qualquer coisa.
Para conhecer mais sobre o projeto SOMAR e ajudar outras pessoas com câncer, acesse a fanpage e o instagram.