Gasshuku Meikyo Kai Dojo
18:19
Créditos: Stephanie Cabrera
Gasshuku é uma espécie de camping de treinamento intensivo que tem por objetivo o trabalho do conceito de homem, céu e terra. Separando seus ideogramas (kanji) Ga = agrupar, unir, estar junto e Shuku = hospedaria, pernoite, acomodar-se. O significado mais próximo seria "estar em grupo". Essa é a oportunidade de o praticante buscar o melhor de sua prática, superando suas limitações e as dificuldades que serão enfrentadas nesse treinamento.
A ideia da realização de um Gasshuku com meus alunos nasceu ano passado quando o grupo já estava mais estruturado. Particularmente, nunca tinha ouvido falar nessa palavra e tão pouco no significado dela, só a conheci quando comecei a treinar Goju-ryu Karatê-Do no dojo do Sensei Akira Saito da Shizuoka Goju-Kan do Brasil. Isso me levou a pensar que eu ainda tinha visto muito pouco do que o karatê poderia me oferecer, pois ainda não havia tido a oportunidade de levar minha prática ao máximo como naqueles dias de Gasshuku. Desde então, vim pensando em uma forma de continuar com esse treinamento com os meus alunos. Quando surgiu a oportunidade de realizar o meu primeiro Gasshuku, segui basicamente o mesmo formato que aprendi com Akira Sensei.
Chegamos então ao tão esperado final de semana de externalização de nossas forças e do nosso espírito de superação, que somente ali poderíamos vivenciar. Foram totalizadas 12 horas de treino no Sábado e 5 horas de treino no Domingo, tendo pequenas pausas para tomar água e as pausa para o café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.
Dando inicio aos treinos, começamos com os 45 minutos de zazen, que significa literalmente sentar zen, um momento de meditação, de não pensar e continuar pensando. Iniciamos às 6h da manhã para acompanhar o nascimento do sol e buscar as primeiras energias que ele nos transmite. Então, demos início a buscar pela nossa superação! Após o zazen, fizemos o primeiro kihon da nossa escola matriz de karatê Jyureikan, com técnicas de ataques, defesas e chutes para aquecer um pouco o corpo e corremos pela cidade um total de 7 km enfrentando o frio, o cansaço e as dores que já começavam a aparecer.
Ao retornar para a chácara, mais um desafio: tínhamos 300 flexões de braço para cumprir, divididas em séries de 20 repetições, e mais algumas sequências de kotekitae e o décimo kihon da nossa escola matriz. Tivemos a primeira pausa para o café da manhã onde dividimos os participantes em equipes e cada uma ficaria responsável por fazer alguma tarefa durante o dia, após a essa pausa retornamos aos treinos, com mais dois dos principais kihon da nossa escola Shido kihon e Jyureikan kihon e a nossa principal série de kata, os Naihanchi e seus bunkai e possíveis variações. Tivemos nossa pausa para o almoço por volta das 13h e retornamos aos treinos às 16h, continuando os treinos até às 21h. Nesse meio tempo antes de realizarmos o kumite (luta), aproveitei o momento do Gasshuku para realizar a entrega de faixa de dois alunos faixas verdes que foram promovidos à faixa roxa nos exames que aconteceram em junho. O kumite foi um desafio particular para todos, pois estava valendo contato total e estava escuro, o que dificultava a visão - quando eu digo escuro, mal se via a sua própria mão em kamae. Terminado os kumite, fomos ao último desafio, 50 chudan zuki e nahanchi shodan, sendo dentro de uma piscina com uma agradável sensação térmica de 10ºC. Finalizado o primeiro dia com sucesso e sensação de dever cumprido! Mas ainda não tinha acabado, já que amanhã teria mais um dia de treino.
Assim como no primeiro dia iniciamos o segundo dia no domingo com o zazen, porém agora com calça do karatê-gi molhada, porque entramos na piscina na noite anterior. Seguimos com os 45 minutos de meditação, uma hora de corrida pela cidade, mais 300 flexões de braço e, para finalizar realizamos todos os kata do nosso estilo Shorin-Ryu. Após a realização dos kata, fizemos um círculo e falei aos meus alunos sobre a importância desse treinamento, sobre a gratidão que senti em ver todos, independente de suas dificuldades, se esforçando e se superando, porque foi difícil para mim e para todos estarem ali. Naquele momento, abri espaço para que todos falassem sobre sua experiência com esse tipo de treinamento que, para alguns, tinha sido sua primeiro vez. Cada um, de alguma maneira, expressou forte emoção ao dizer que conseguiram enfrentar e superar tudo o que foi proposto, e com isso ganharam mais força para enfrentar os desafios e as dificuldades de sua vida pessoal.
Como eu disse aos meus alunos, não existe uma forma de se preparar para um treinamento desse, é ele que te prepara para o que esta por vir. Em um Gasshuku o que vale é o fortalecimento da união entre o grupo e a também a superação individual de cada um. Esse é o principal. Após tanto treino, tanto esforço, no domingo após os treinos, tiramos um tempo para confraternizar uns com os outros, estreitando e fortalecendo ainda mais os nossos laços. Esse é o nosso Gasshuku, regado a muito treino, esforço e amizade!
Chegamos então ao tão esperado final de semana de externalização de nossas forças e do nosso espírito de superação, que somente ali poderíamos vivenciar. Foram totalizadas 12 horas de treino no Sábado e 5 horas de treino no Domingo, tendo pequenas pausas para tomar água e as pausa para o café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.
Dando inicio aos treinos, começamos com os 45 minutos de zazen, que significa literalmente sentar zen, um momento de meditação, de não pensar e continuar pensando. Iniciamos às 6h da manhã para acompanhar o nascimento do sol e buscar as primeiras energias que ele nos transmite. Então, demos início a buscar pela nossa superação! Após o zazen, fizemos o primeiro kihon da nossa escola matriz de karatê Jyureikan, com técnicas de ataques, defesas e chutes para aquecer um pouco o corpo e corremos pela cidade um total de 7 km enfrentando o frio, o cansaço e as dores que já começavam a aparecer.
Ao retornar para a chácara, mais um desafio: tínhamos 300 flexões de braço para cumprir, divididas em séries de 20 repetições, e mais algumas sequências de kotekitae e o décimo kihon da nossa escola matriz. Tivemos a primeira pausa para o café da manhã onde dividimos os participantes em equipes e cada uma ficaria responsável por fazer alguma tarefa durante o dia, após a essa pausa retornamos aos treinos, com mais dois dos principais kihon da nossa escola Shido kihon e Jyureikan kihon e a nossa principal série de kata, os Naihanchi e seus bunkai e possíveis variações. Tivemos nossa pausa para o almoço por volta das 13h e retornamos aos treinos às 16h, continuando os treinos até às 21h. Nesse meio tempo antes de realizarmos o kumite (luta), aproveitei o momento do Gasshuku para realizar a entrega de faixa de dois alunos faixas verdes que foram promovidos à faixa roxa nos exames que aconteceram em junho. O kumite foi um desafio particular para todos, pois estava valendo contato total e estava escuro, o que dificultava a visão - quando eu digo escuro, mal se via a sua própria mão em kamae. Terminado os kumite, fomos ao último desafio, 50 chudan zuki e nahanchi shodan, sendo dentro de uma piscina com uma agradável sensação térmica de 10ºC. Finalizado o primeiro dia com sucesso e sensação de dever cumprido! Mas ainda não tinha acabado, já que amanhã teria mais um dia de treino.
Assim como no primeiro dia iniciamos o segundo dia no domingo com o zazen, porém agora com calça do karatê-gi molhada, porque entramos na piscina na noite anterior. Seguimos com os 45 minutos de meditação, uma hora de corrida pela cidade, mais 300 flexões de braço e, para finalizar realizamos todos os kata do nosso estilo Shorin-Ryu. Após a realização dos kata, fizemos um círculo e falei aos meus alunos sobre a importância desse treinamento, sobre a gratidão que senti em ver todos, independente de suas dificuldades, se esforçando e se superando, porque foi difícil para mim e para todos estarem ali. Naquele momento, abri espaço para que todos falassem sobre sua experiência com esse tipo de treinamento que, para alguns, tinha sido sua primeiro vez. Cada um, de alguma maneira, expressou forte emoção ao dizer que conseguiram enfrentar e superar tudo o que foi proposto, e com isso ganharam mais força para enfrentar os desafios e as dificuldades de sua vida pessoal.
Como eu disse aos meus alunos, não existe uma forma de se preparar para um treinamento desse, é ele que te prepara para o que esta por vir. Em um Gasshuku o que vale é o fortalecimento da união entre o grupo e a também a superação individual de cada um. Esse é o principal. Após tanto treino, tanto esforço, no domingo após os treinos, tiramos um tempo para confraternizar uns com os outros, estreitando e fortalecendo ainda mais os nossos laços. Esse é o nosso Gasshuku, regado a muito treino, esforço e amizade!
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